quarta-feira, 28 de julho de 2010

De Portugal Para o Mundo - NEXX XR1.R



É raro ver uma marca portuguesa exportar noventa por cento da sua produção. Ainda menos frequente se se trata de um mercado cheio de propostas competitivas, com dezenas de marcas com muitos anos de implantação, com vários nomes de qualidade e estatuto reconhecidos, bem como quotas de mercado estabilizadas.

É, por isso, com muita satisfação que constato que uma marca portuguesa jovem, a NEXX, se abalança com sucesso em mercados tão agressivos como o norte-americano ou o europeu, com produtos avançados, inovadores, e a preços competitivos, provando que sabemos fazer bem nas várias fases de criação de valor, usando material, mão de obra e know-how portugueses.

A NEXX dispôs-se muito simpaticamente a ceder dois capacetes para testar no Lés a Lés deste ano. Optei pelo XR1.R, em detrimento do mais original X30, escolhido pelo Rui Tavares.


O XR1.R é um capacete integral que me despertou atenção desde o seu lançamento, uma vez que apresenta características de produto intrinsecamente hi-tec, a um invulgar preço abaixo dos duzentos euros. Aquilo que os anglo-saxónicos designam de good value for money.

A utilização de materiais nobres e leves, como o kevlar e o carbono, aliam-se à tradicional fibra de vidro. O objectivo é não só melhorar a resposta a impactos, mas também atingir o peso mais baixo possível, característica a que sou particularmente sensível.


Este NEXX pesa cerca de mil e trezentas gramas. Por comparação, o meu Arai RV pesa cerca de mil e quinhentas gramas, o que dá uma ideia mais precisa do bom trabalho levado a cabo no combate ao peso. Duzentas gramas sentem-se bem na mão. Muito mais na cabeça ao fim de um bom par de horas na estrada.
O design deste XR1.R, embora seja sempre discutível, parece-me particularmente feliz. A um tempo sóbrio mas com identidade própria, tem um toque desportivo sem que se possa acusá-lo de ser cansativo, ou pouco elegante. Especialmente nas pinturas de cor única.



Apresenta uma construção sólida, a partir de três calotas de dimensões diferentes. Não se detectam falhas de acabamento, más junções ou funcionamento incorrecto dos dispositivos de circulação de ar, ou de accionamento da viseira.

O fecho do capacete é de duplo anel, solução clássica e muito eficaz do ponto de vista da segurança.

No capítulo da pintura e detalhes o nível também é elevado, em linha com capacetes de gama superior. Por exemplo, os forros interiores são de material agradável ao toque, anti-alérgico, extraíveis, permitindo lavagem e substituição, bem como algum ajuste, ainda que marginal.

O capacete é entregue com um conjunto de esponjas adicionais, para melhor adaptação à cabeça do utilizador, mais uma característica pouco comum.

Os plásticos e borrachas empregues são de boa qualidade, sendo de esperar que resistam bem a um uso intensivo.





A ventilação é uma agradável surpresa. As entradas de ar frontal, junto à boca, e as entradas superiores cumprem a função de arejamento com bastante eficácia, com comandos de direccionamento sólidos. As saídas de ar são quatro e permitem a sensação de circulação de ar, algo raro em capacetes integrais. É particularmente importante registar que o capacete testado é negro mate, e tem sido usado na estação quente, mas nem por isso aquece demasiado.







O conforto acústico é bastante aceitável. Embora este seja um factor que, com rigor, se mede em décibeis, a impressão que fica é a de um capacete bem insonorizado, sem vibração excessiva ou zonas de maior propensão para o ruído, em função dos vários ângulos de abertura da viseira. Esta apresenta-se, segundo a NEXX, como a maior do mercado com pin lock, que é disponibilizado como opcional. Não experimentei o funcionamento do pin lock, mas confirmo que o campo de visão é muitíssimo amplo, superior até às propostas de topo.

Durante a utilização no Lés a Lés senti algum desconforto inicial na zona das orelhas, que consegui colmatar com um reajuste das esponjas. Contudo, o anel de esponja na base do capacete pareceu-me demasiado estreito, o que causa algum desconforto especialmente quando se retira o capacete depois de uma utilização mais intensa. Um aspecto que penso que será de rever, porquanto não tenho dúvidas que o número está correcto, e que o capacete me está confortável em todas as restantes áreas. Talvez seja a oportunidade certa para voltar a falar com o staff da NEXX, que se tem mostrado muito disponível para ouvir o retorno dos utilizadores, procurando a constante melhoria do produto. Uma atitude comercial inteligente que cumpre registar com agrado.

Como conclusão, trata-se de um capacete que, em vários aspectos, apresenta características de um produto de topo, das quais se destaca a qualidade de construção e o baixo peso. Para quem valorizar estes dois factores, trata-se de uma proposta claramente competitiva, até porque o valor pedido não só não assusta como dificilmente comprará um capacete de qualidade superior.





quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Marca do Íman



Há um certo romantismo em bordejar o Mediterrâneo desde a Croácia até Portugal. Se o fizermos em cima de duas rodas com palmo e meio de diâmetro, empurrados até uma velocidade máxima que não chega nem perto de violar o limite previsto no código da estrada, entramos na ciência dos fenómenos que não se explicam. Só se conseguem sentir. Talvez como Fátima, lugar de outras peregrinações.

Obviamente que não todos, mas seguramente muitos dos amantes do insecto italiano, vindos um pouco de toda a Europa, experimentam esta transcendência paralela. Rever no seu espelho uma marca, muitas vezes um modelo, que funciona como uma espécie de extensão da sua personalidade.

Para eles, a viagem a Fátima para o Vespa World Days, em cima daquele improvável objecto, tornou-se um imperativo. Algo que seguramente seria fácil contornar, fazendo de outra forma, mais rápida, mais fácil de explicar e entender, mais segura, talvez até mais barata. Então porquê fazê-la assim? Nalguns casos a solo, sem rede para além da assistência em viagem…? Porque perderia todo o sentido se de outra forma fosse. Dir-se-ia quase por uma questão de fé, aqui despida do manto da religião.

Esse é o capital mais precioso, o Santo Graal de uma marca. É uma espécie de íman a aglutinar entusiastas que espontaneamente se reúnem para celebrá-la, cultivá-la, quase venerando os seus símbolos ou o modo de vida que cada um lhe associa. Na sua vivência particular. Na sua relação com a sua Vespa. É quase conceder que a nossa scooter é de carne e osso. Admirá-la, desculpando-lhe todos os pecados, todos os defeitos, todas as omissões. Quase uma relação de transcendência.

Não são muitas as marcas que se podem orgulhar de fazer parte do poço da alma de tantos, vindos de tão longe. Só para celebrar. E viajar. Em cima de palmo e meio de borracha. Protegidos na sua fé pagã por detrás de um fino escudo de gladiador romano, onde exibem, orgulhosos, as suas origens.



































quinta-feira, 15 de julho de 2010

Garagem a Rolar




Tenho alguma escrita em atraso por aqui e muitas fotografias para descarregar, espalhadas por várias memórias.

A Bianca não tem sentido o sol a queimar-lhe a pele. Pelo menos não tanto quanto sei que gostaria. Confesso que de manhã e à noite, quando passo pela garagem, não consigo deixar de rodar a cabeça e dedicar-lhe um olhar de relance. Embora minimalista, sabe-me bem o ritual.

Este fim de semana consegui fintar a agenda e receber o meu amigo Júlio para, num par de horas, engordar a rodagem da Bianca. Aproveitei e revi a minha Helix de passagem, pois tem estado nas mãos dele, cumprindo a nobre e espinhosa missão de substituir a sua GT cinza nas tarefas quotidianas.

Foi um cenário diferente, ver as minhas duas scooters a rodar ao mesmo tempo. Uma visão inédita, pretexto perfeito para que, numa das nossas frequentes paragens, o Júlio fizesse esta curiosa imagem.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Nuova Vespa ! Vespa GTS 300 i.e. Super





É altura de anunciar aqui o estranho mas nobre motivo da venda da Granturismo: chama-se Vespa GTS 300 i.e. Super. E representa a concretização de um desejo que já vem inquietando o meu subconsciente há uns meses largos.

Por vezes temos mesmo que dar prioridade à emoção e preterir a razão.




Não tinha nenhum forte motivo para vender a Granturismo. A não ser… comprar uma Super !

A Granturismo estava quase nova e conservava até um brilho original muito pouco usual numa scooter com seis anos.

Do ponto de vista estritamente financeiro era uma troca objectivamente desaconselhável, uma vez que ia adquirir - pela primeira vez na vida - uma scooter zero quilómetros, abdicando de outra que já pouco ou nada desvaloriza.

Também do prisma da utilidade nenhum argumento racional pude encontrar que me fizesse trocar duas scooters que, na essência, são praticamente iguais.

A razão é, assim, puramente emotiva.

Simplesmente sou fascinado por este desenho. Até pela peça de design industrial que esta Vespa indiscutivelmente é, pelo que representa, pela história que carrega aos ombros. Para lá da própria scooter.








Passei o primeiro dia a fazer pouco mais de setenta quilómetros. A parar. A arrancar. A deter-me outra vez. Parecia uma criança, querendo fixar-lhe a expressão. Olhar para ela, rodar nela e admirá-la. De todos os ângulos. Enquanto a recolhia na garagem, manobrando-a, pensei para mim: “…não estava preparado para deixar de ter uma Vespa…”.

Chama-se Bianca. Homenagem a Nanni Moretti, à Itália, e à cor branca que veste, Montebianco.  

Aqui está ela em fotogramas felizes...



 











sábado, 26 de junho de 2010

Lés a Lés 2010 – Atracção pela Odisseia – Parte II




(continuação)

Dormir bem é fundamental para se poder acordar com a disposição certa. É, aliás, uma medida de gestão de energia fundamental.

Concentrar tanta estrada praticamente em dois dias, com mais de um dia inteiro em cima da scooter, obriga a um esforço que não é usual para viajantes ocasionais. O Lés a Lés não é tarefa para heróis, mas é aconselhável usar a cabeça, e gerir o calendário e o passeio com inteligência.

Beber álcool, por exemplo, é uma má ideia. A organização desincentiva o álcool, e fá-lo com acerto. Dormir boas horas de sono também retempera as forças. Dentro do possível, foi o que fizemos.

Escolhemos ficar a cerca de dez quilómetros de Sintra, numa bela casa de turismo de habitação cheia de história com vista para a Serra.

De manhã, pouco depois das cinco horas, a Serra ainda se vestia de neblina. Engolimos um princípio de pequeno almoço apressado e desencarcerámos as scooters da garagem improvisada.

Afastei o sono quando fiz passar o NEXX pelas orelhas e acordei o motor da fiel SYM CityCom. “Nunca te esqueças de ter uma postura cavalheiresca na estrada”, li de relance no início do road book desta Segunda Etapa, enquanto calçava as luvas. Veio-me à memória uma frase que nunca esqueci e que li num catálogo de papel das primeiras Honda VFR, talvez há vinte anos, quando ainda nem carta tinha: “A cortesia identifica o condutor com estilo”. O slogan é tão eficaz que ainda hoje me lembro dele. Também é assim que se passam mensagens e formam motociclistas…

Palanque para o controlo: saímos ligeiramente atrasados, e algo apreensivos com os avisos à extensão, no tempo, que a jornada ia importar. Contrabalançava isso com o conhecimento de boa parte do percurso matinal, o que me descansava quanto à navegação.

E a manhã começou com a descida a Colares a caminho da Praia das Maças e Azenhas do Mar, onde tínhamos à nossa espera um calórico pequeno almoço pelas seis e vinte. O dia ia acordando e as minhas memórias de infância iam sendo projectadas sobre a linha de comboio que liga Sintra à praia.







O percurso estava estudado com cuidado e imaginação, de tal modo que consegue sempre encontrar caminhos e alternativas que eu não conheço, mesmo quando me sinto quase em casa. Até ao Palácio Nacional de Mafra fomos seguindo o velho princípio deste passeio. Adoptar o roteiro mais tortuoso. E mais saboroso...



Do Palácio para mais um troço do velho Rali de Portugal, Gradil, com passagem à porta da Tapada de Mafra. Já fiz quilómetros nesta estrada a pé, conheço cada curva de olhos fechados. Sensação nova para mim num Lés a Lés, e que resulta do facto de o passeio pisar o Oeste pela primeira vez também.


Chamo o Rui pelos intercomunicadores para lhe dizer que ali à esquerda, a pouco mais de cem metros, entre colinas verdes, está o vale que serve de cenário a muitas das minhas fotografias da série Railroad Crossing no Offramp...

Ainda são oito da manhã, estamos em Vale Banfeito e já nos é servido, à ciclismo, com direito a saca e tudo, um reforço alimentar. Imediatamente antes de subirmos a um planalto em terra, mais meia dúzia de quilómetros técnicos desta vez com muitas regueiras a acrescentar alguma dificuldade, mas sem ribeiros. Fácil para a SYM.






Estamos a caminho de nova serra, desta vez a minha querida Serra de Montejunto, com a sua belíssima colónia de pinheiros mansos, quando nela entramos pelo lado de Vila Verde dos Francos, depois do primeiro planalto. Tínhamos controlo no cume, junto à Capela da Senhora das Neves, e o dia estava limpo, para desvendar a vista de quase setecentos metros de altitude, ponto mais alto da Estremadura.




A descida não se fez pela Abrigada – outro tesouro - , mas sim por Pragança, com a escolha da bela N366 até apontarmos agulhas a Rio Maior e as suas marinhas de sal, que aproveitámos para visitar, picando aí a tarjeta em mais um controlo.


Ainda nem são dez horas e já estamos a trepar novo Parque Natural, desta vez as Serras de Aires e Candeeiros. Algum pó aconselhava a guardar boas distâncias, aqui o chão é branco, de rocha calcária, e em redor as pedreiras vão abraçando de morte a Serra.




Daqui para Porto de Mós tirámos o pó branco aos pneus, seguindo em bom ritmo até Fátima, por Pia do Urso, e de Ourém até à Ribeira de Alge, afluente do Zêzere, mais um local que conheço bem graças aos Ralis.

Ligámos Figueiró dos Vinhos a Castanheira por outra estrada que já pisei, aproveitando para colar o acelerador da Citycom e acompanhar alguns participantes num grupo de BMW, imaginando-os incrédulos quando viam nos espelhos uma scooter de roda alta de médio porte a morder-lhes a roda traseira.



O almoço era na Lousã, mas para o merecermos tínhamos que trepar a Serra. Vegetação fechada, de vários tons de verde, ameaça invadir a estrada, tornando-a ainda mais estreita. Estou em simbiose perfeita com a SYM, não me canso destes encadeados de curvas e da forma como ela sai de uma para se encaixar na seguinte. Até parece estar no seu terreno de eleição.


Já a descer, o céu fecha-se e carrega as cores das aldeias de xisto. Candal é a mais visível e exuberante, mas também Talasnal e Vaqueirinho estão assinaladas.



Depois de almoço seguimos na rota de Foz do Arouce, Barragem de Mondelim e Mortágua. O passo seguinte seria o Caramulo, mais uma Serra, mas atrasaria demais o já longuíssimo dia de viagem, e a organização decidiu suprimir a subida.

Já levávamos dez horas de maratona quando encostámos para ver o Vouga, na ponte de São Pedro do Sul e suas Termas. Dez minutos de paragem, não mais. Ainda faltam quatro horas de curvas até ao Porto!


Em passeios como este, o ritmo é muito importante. Assim como o bom entrosamento com o nosso companheiro de equipa. O Rui Tavares confirmou, como se ainda fosse preciso, ser a companhia ideal para a odisseia, sempre de espírito aberto e pronto para distribuir boa disposição quando os quilómetros demoram mais tempo a rolar no odómetro. Sim, porque nem todos os quilómetros no Lés a Lés são de prazer. Também os há em relativo sacrifício, quer seja pelo cansaço, pela ausência de posição confortável em cima da scooter – felizmente poucos com a SYM - ou pela monotonia de alguns troços, impossível de evitar num percurso de mais de mil quilómetros. Por vezes o segredo está em escolher o ritmo de conforto, nem rápido, nem lento, de modo a não adormecer ou cansar demasiado.

Aqui, prestes a iniciar a subida à Freita, fez-me bem parar. Subi com novo ânimo para uma parte da etapa que talvez tenha sido a maior surpresa. A Serra da Freita, agreste, mas também fértil, árida mas com bonitos bosques, isolada, mas onde ainda sobrevivem aldeias no cume da montanha. Os desafios aqui são outros.








Descida a Vilarinho e a Manhouce, com um curto intervalo para lanche. Em direcção à Frecha da Mizarela, salto livre de setenta metros do Rio Caima, a maior queda de água de Portugal Continental.



Não conhecia a descida a Arouca, mas decidi aumentar o ritmo e espremer tudo o que os travões da Sym conseguiam dar, tentando perceber quando iriam perder eficácia e sobreaquecer. A descida parecia interminável, tal como a capacidade de escoar calor do único disco frontal, bem coadjuvado pelo seu homólogo traseiro, ambos cumprindo a função com total distinção.

Depois de Arouca deparámo-nos com mais uma overdose de curvas: trezentas e sessenta e cinco em ligação a Castelo de Paiva, com o Rio Paiva do lado direito. Vinte e três quilómetros de piso difícil e estrada algo suja, a exigir atenção e bom ritmo. Em Castelo de Paiva estava instalado o décimo nono controlo secreto. Em Entre-os-Rios pude ver a nova ponte, que substituiu a Hintze Ribeiro, de má memória.


Estávamos a cerca de uma hora do Porto, com treze horas em cima da espuma do banco da CityCom. Moído, mas ainda inteiro, e com reserva para esticar um pouco mais o punho direito na N108, que liga a Régua ao Porto, sempre entrecortada por alguns desvios para descida ao Rio Douro, um deles para o controlo secreto final.

A entrada no Porto fez-se sob cinco pontes: Freixo, S. João, D.Maria, Infante e D. Luís. Já em jeito comemorativo, o road book levou-nos por alguns dos pontos mais carismáticos da capital nortenha, com destaque para a Praça da Ribeira ou a Torre dos Clérigos. A chegada estava instalada em plena Avenida dos Aliados, palco nobre para nos receber em final festivo, com as máquinas guerreiras trepando a rampa da Câmara antes do palanque final.




Foi duro, mas mais uma vez valeu a pena. Devo agradecer ao meu companheiro de equipa, Rui Tavares, pela companhia e solidariedade. À Red Moto, importador da SYM em Portugal, por ter aceite o desafio de submeter a CityCom 300i a uma tortuosa viagem mais talhada para outras montadas. À NEXX, pela cedência dos capacetes X30, para o Rui, e XR1.R para mim. Provaram que se pode inovar, fazendo bem e conquistando o mundo a partir de Portugal.

A aposta da organização foi ganha e provou que os receios dos mais pessimistas não se concretizaram. É possível fazer o Lés a Lés com partidas e chegadas no litoral, fugindo aos percursos óbvios da nossa bela faixa costeira, sem descaracterizar a essência do passeio. Apesar da superação desse desafio, para o ano gostava que se repetissem escolhas mais interiores. Ao que sei, estão acertadas com autarquias as partidas e chegadas até 2013. Sinal de saúde para um evento que vale a pena acarinhar, e em que continuo a sentir-me bem. Só não sei em que scooter em 2011…