domingo, 10 de abril de 2016

Yamanha 04GEN - Grito de Insecto




A Yamaha apresentou em Ho Chi Minh, no primeiro Salão do Vietnam, um novo concept de scooter que dá pelo nome pouco inspirador de 04GEN.


Este é o primeiro protótipo GEN com duas rodas e serve para mostrar como os engenheiros em Iwata têm vindo a ocupar o seu tempo. Aparentemente estão a divertir-se com experiências em torno do uso de materiais como resinas translúcidas que permitem observar a estrutura deste protótipo. Bem mais clássico é o jogo de cores preto com banco castanho, certamente inspirado na Granturismo e na Bala. De caminho, desenharam uma scooter que parece um insecto saído de um filme de animação japonês, mas com uma 946 da Vespa por baixo do papel vegetal. 









Exercícios de estilo inovadores em scooters são cada vez mais uma raridade, o que faz desta 04GEN um acontecimento. Veremos se a Yamaha, que tem estado tão activa na outra ponta do espectro motociclístico com as suas Faster Sons e Yard Built, terá coragem para oferecer no mercado algo fortemente inspirado nesta 04GEN. Se o fizerem, por favor, dêem-lhe um nome.    
     







Imagens: Yamaha

De Infante a Embaixador




Desde 1957 que o Vespa Clube de Lisboa habitava na Avenida Infante Santo. Há quase sessenta anos, que é o tempo de uma vida. De várias vidas. Gerações de Vespistas do mais antigo clube português de duas rodas habituaram-se à sede na nobre Avenida. 

Todos nós guardamos gratas memórias daquele espaço.

Porém, é só uma sede.

Tive a certeza disso quando na passada 5ª feira, 7 de Abril, vi as largas dezenas de Vespa espalhadas pelos passeios desenhados a régua e esquadro à volta do jardim onde se senta a nossa GS de bronze.

Tive a certeza disso quando vi a sede parecer tão pequena para tantos.

Tive a certeza disso quando vi os sorrisos da fotografia da reportagem de página inteira do Diário de Notícias cheia de sócios e amigos do Clube. Sócios do tempo da fundação, lado a lado com jovens que ainda nem idade têm para conduzir uma Vespa, mas já anseiam por continuar a fazer parte da história. 

É desta continuidade que se fazem as instituições. Sobrevivem às gerações de fundadores.

A história, essa, vai continuar a escrever-se, mas em Belém, no número 37 da Rua do Embaixador. 


Imagem:Pedro Rocha / Global Imagens /Diário de Notícias