sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ibero Vespa 2013 em Tomar

 


Mais um belíssimo cartaz a anunciar publicamente o local onde se realizará o evento anual mais participado do Vespa Clube de Lisboa. A terra dos templários, Tomar, vai receber os Vespistas Ibéricos no fim de semana de 1 e 2 de Junho. Infelizmente, para mim é demasiado próximo do Lés a Lés 2013.
 
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Vespa 946 em Lisboa






São três algarismos que formam um símbolo e uma bandeira. A 946, a mais recente criação Vespa, desvendada na sua versão de produção na EICMA em Novembro, esteve agora patente ao público na exposição MotoShow 2013, na FIL, em Lisboa. 





Junto de fontes do importador foi possível recolher alguma informação útil para os que pretendem lançar-se para a aquisição da 946 em troca de um não muito simpático movimento a débito na sua conta bancária. Provavelmente estes já sabem o que vou escrever, pelo que a informação interessará apenas a curiosos por estas nuances políticas e de marketing.




A 946, com o motor 125cc de 3 válvulas - não caia da cadeira - vai custar em Portugal os tais cerca de Eur.9.000, conforme já tinha escrito nos comentários a um post anterior aqui no blog. Este preço, em conjugação com a reduzida produção, abre espaço para que a 946 entre directamente para a galeria dos objectos de colecção. Ressalvando os compradores mais excêntricos e abonados, é difícil conceber que as 946 sejam vistas a circular descontraidamente nas ruas das nossas cidades, como qualquer outro modelo Vespa.





Ora, quantas 946 virão para Portugal ? Fiz esta mesma pergunta ao meu interlocutor e, em simultâneo, arrisquei uma resposta: disse 20. Falhei por pouco. Até ao início da Feira de Lisboa haveria 16 encomendas registadas em Portugal.  

A 946 só iniciará a sua produção após o fecho das encomendas, em data que não estará ainda determinada. Contudo, os interessados devem apressar-se a manifestar a sua intenção junto dos representantes, pois aparentemente estaremos a falar de semanas. Findo este período, e de acordo com esta fonte, as 946 serão produzidas e posteriormente entregues aos compradores, dando-se por finda a produção. Se assim fôr, é um caso típico de lançamento de um clássico coleccionável à saída da fábrica, sem stock excedente. Um pouco à imagem da GT 60º, na altura com um número limitado de exemplares construídos, embora esta 946 seja inegavelmente mais original.




Por mim, nada tenho contra esta pretendida exclusividade, embora não esconda que me agrada bastante a linha elegante e a sofisticação técnica da 946, e reconheça que o preço será deliberadamente alto para limitar o acesso, algo que é contrário à génese do histórico conceito Vespa. A quem aduz este argumento, que em si mesmo é válido, convém lembrar também que não faltam propostas no catálogo Vespa a preços mais terrenos, dirigidos para uma massificação relativa, incluindo a tradicional PX.
 

De qualquer modo, e estando fora de questão oferecer 9.000 preciosos euros por uma 125cc - ainda que seja a mais original oitavo de litro que o dinheiro pode comprar - não me entristece que esteja fora do meu alcance. 




A comercialização de um modelo tão próximo do primeiro protótipo apresentado é até um exercício que saúdo, e que serve para alimentar um certo culto pelo que a Vespa representa.


Esta é uma das melhores formas de o fazer, lançar um modelo novo, criativo e arrojado e que pode fazer sonhar, embora com um preço de outro planeta.



Como reverso deste interesse, antecipa-se já que o facto de se venderem tão poucas - ou tantas, depende da perspectiva face ao preço - , vá tornar as 946 o novo brinquedo preferido de especulação no nosso pequeno rectângulo.

Por fim, a côr. No lançamento aventou-se a possibilidade de serem apenas brancas e pretas. Afinal, em Milão apareceu também um exemplar em amarelo.  E em Lisboa surgiu agora uma 946 encarnada. Em princípio, as cores disponíveis para venda serão apenas o branco e o preto. Mas com tanto secretismo em torno da vida comercial desta nova e rara estrela no universo Vespa, será mais prudente esperar para ver.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Atlas até à Estrela (IV)





 
Puxando o cabo do acelerador pela última vez na viagem à Serra, a máquina devolve uma linguagem diferente porque o vídeo é técnica que não domino. Este minuto e meio ajuda a perceber a magnitude da Serra e transmite uma perspectiva sensorial diversa da proporcionada pelas fotografias que aqui deixei nos três posts anteriores. É um outro duplicado da Serra, uma outra realidade em segundo grau. Como a fotografia, o vídeo transmite um olhar mais limitado mas também mais dramático do que aquele que a nossa visão natural permite percepcionar.  O som escolhido para o vídeo sublinha precisamente esse dramatismo. Os créditos e autoria do filme são do Filipe Abelhinha.