sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Seria Diferente Numa Africa Twin ?





Seis meses depois do meu susto na coluna, talvez ainda seja prematuro fazer um balanço definitivo.

Tenho andado de scooter quase todos os dias, mas apenas em ambiente urbano, e por períodos de tempo muito curtos, com meia dúzia de excepções.

Porém, aproveitando uns dias de férias proporcionados pela quadra natalícia, pude aceitar o simpático e insistente convite do Nuno para dispôr, durante um fim de semana, da sua preciosa Honda Africa Twin 2018.

Acabei por usá-la apenas um dia, mas a experiência permitiu-me fazer tudo, ou quase tudo aquilo a que me tinha proposto: uma quantidade razoável de quilómetros (um pouco mais de quatrocentos), concentrados num espaço de tempo curto, em situações de trânsito, perfil e piso diferentes. A ideia era simular e, simultaneamente, avaliar o que seria conviver com uma moto moderna, de qualidade indiscutível, e confortável em termos de suspensões e posição de condução, num dia de viagem cheio, ao meu gosto, e à luz das minhas actuais limitações.   

Não tive propriamente dores, mas não posso dizer que não tenha ficado... moído. Apesar de paragens constantes e de todo o conforto e descontração proporcionada pela deslumbrante facilidade de condução da Africa Twin, dos seus gadgets electrónicos e dos seus muito amigáveis ângulos ergonómicos, potenciadores de uma posição que dificilmente pode ser mais relaxada, a verdade é que no fim do dia estava cansado, e com a coluna a pedir descanso. Mais do que o normal ? Bom, comparando com muitas outras viagens num passado não muito distante, com bastante mais quilómetros diários, em motos inferiores (ou muito inferiores), a situação não é brilhante.

O que me faz, para já, descartar uma hipótese que tinha vindo a ganhar alguma densidade no meu espírito: e se adquirisse uma moto competente, moderna, confortável, mainstream ? Haveria uma alteração significativa no meu conforto ? A resposta dada pelo dia a passear pelo Alentejo parece ser, por agora, negativa.