segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Bianco



É lendária a minha embirração com automóveis alemães. A única excepção a esse embargo de princípio continua a ser uma marca de automóveis desportivos com sede em Estugarda. Este belo Porsche Cayman é contemporâneo da Bianca e partilha com ela alguns detalhes: a cor branca com apontamentos a vermelho. As ostensivas aberturas de refrigeração em evidência na fotografia. Até o piso onde estacionam na garagem é o mesmo. Suspeito também que concorrem secretamente entre si para ver qual dos dois faz menos quilómetros por ano. Lamentavelmente, não partilham o factor fundamental: o nome do dono.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

TMAX Hypermodified





Para quem não abdica do pulmão e esqueleto de uma TMAX, mas quer exibir uma scooter personalizada com reminiscências das motos de dirt track, eis a proposta a apresentar na EICMA pelo californiano Roland Sands, conceituado especialista em motos custom. 

Este projecto é suposto encerrar a trilogia TMAX Hypermodified, iniciada por Marcus Walz, e prosseguida por Ludovic Nazareth, numa história que envolve compressores volumétricos, escassos limites à imaginação e um orçamento patrocinado pela Yamaha.


Imagem: Eicma - Yamaha

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

946 - De Protótipo à Produção





E não é que vão mesmo produzi-la ? Depois de ser apresentada em Milão em 2011 como protótipo, na altura ainda Quarantasei, a novidade mais sonante do stand Piaggio no certame milanês em 2012 deverá ser a versão de produção da 946, retratada nesta imagem atribuída a uma fonte Piaggio.


Consta que Valentino Rossi ter-se-à insurgido contra a designação Quarantasei, o seu número de corrida e objecto de valioso merchandising, o que terá levado a Piaggio a alterar a designação para 946. Não sei se a Piaggio estará a par - e este aviso é grátis - mas a Porsche tem direitos relativamente à designação 946, uma das séries da sua bandeira, o 911.


As informações sobre esta nova scooter a imprimir no catálogo Vespa ainda são escassas, mas aparentemente será comercializada numa versão 125cc automática a quatro tempos, de três válvulas, com controlo de tracção e - surpresa - refrigerada a ar. Outra característica ímpar da nova 946, e esta verdadeiramente exótica, é a composição do quadro: o aço dará lugar ao alumínio, o que, a confirmar-se, é uma novidade absoluta em 66 anos de Vespa.


A forma invulgar do banco, muito próximo do protótipo, é de grande arrojo estético apesar de tanta concessão ao design ter um elevado custo prático para o condutor: a ausência de espaço para um capacete. Sobre a estética a discussão antevê-se longa. Eu levanto o polegar sem hesitação e louvo a decisão de não produzirem uma 300, para não me criarem apetites. Estou curioso em relação ao preço, mas prevejo uma seta apontada às nuvens.   
 
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Novas Rodas... A Pedal



Vinte anos de afastamento dos pedais é muito tempo. Durante este período, a minha relação com o ciclismo reconduziu-se ao sofá, assistindo ao Tour sempre que podia, com um entusiasmo especial nos anos de Lance Armstrong. Das vitórias e do seu regresso. Ainda me custa acreditar na recente retirada dos títulos do americano que venceu o cancro para se cobrir de glória em cima de uma bicicleta na prova mais carismática do mundo. Vídeos como este sempre me inspiraram. Mas nunca foi suficiente para comprar uma bicicleta de estrada que em miúdo tanto gostava de ter tido.

Este Verão retomei o gosto pelo pedal, primeiro com uma bicicleta de BTT low cost que trouxe para a garagem e em que montei uns pneus de estrada. Para me testar e perceber se era um interesse que me motivaria. Senti-me bem a rolar de novo sem gasolina, descobri os prazeres das voltas em ciclismo nocturno, o ambiente de uma massa crítica. E fiquei com vontade de avançar. A saudável e actual febre das bicicletas urbanas também me tentou. As minhas meninas até queriam oferecer-me uma bicicleta que fosse boa e bonita. Acabou por não ser respeitado o critério da beleza. Primeiro porque queria uma bicicleta de estrada. E uma boa bicicleta de estrada, para ser verdadeiramente bonita, exige a correspondente contrapartida financeira. Preferi uma boa e acessível. As questões orçamentais estão sempre na equação, especialmente porque o uso que lhe pretendo dar não é diário, nem tenciono entrar no club racing. Apenas gozar a adrenalina de uma máquina simples, rápida, reactiva e movida pelo meu esforço. É encarnada, cor única no catálogo. Red Rocket.