domingo, 24 de outubro de 2010

Scooters nas Corridas


O meu interesse por scooters é tardio. Muito antes de lhes descobrir os encantos já tinha despertado para os clássicos de competição. Talvez pelo início da década de noventa.

Sempre que posso, não me canso de fazer bons quilómetros para os ver em acção. Ou até em repouso, mas desde que prontos a atacar a pista. Prefiro vê-los em ambiente selvagem, fora do cativeiro que muitas vezes representam os museus.

No último fim-de-semana estive no Algarve Historic Festival, um evento FIA dedicado a pilotos amadores que gostam de largar os cavalos na pista à antiga, usualmente conhecidos como gentleman drivers.

Nunca tinha dado especial atenção às scooters que acompanham a caravana. Este ano, no meio de largas dezenas de fotografias no paddock e na pista, constatei, com alguma surpresa, que as pit scooters que estes coleccionadores trazem não são scooters clássicas, de caixa manual, como as Vespa ou Lambretta. Mas sim automáticas, em regra do extremo oriente. Muitas delas com marcas de uso bem para além da patine.

Destaca-se, contudo, um modelo com uma expressão em números que ultrapassa todas as outras em conjunto: a Honda Zoomer. Não consegui entender o motivo desta preferência. Mas gosto do contraste de vê-la dividir a box com o músculo e graciosidade de um Ford GT 40.










sábado, 9 de outubro de 2010

Quadro 4D



A Marabese Design acaba de criar um novo conceito de scooter, a Quadro 4D, de quatro rodas. A scooter será comercializada sob o nome Quadro, construtor aparentemente independente, mas na esfera da Marabese.

O princípio de funcionamento da 4D, hoje em dia, parece simples. Aplicar a receita do eixo dianteiro da Piaggio MP3 à traseira da scooter, com um sistema integralmente hidráulico, acrescentando-lhe uma roda.

Numa abordagem mais imediata até parece que se estão a apropriar da ideia que atribuíamos à Piaggio, mas a história não será bem assim.

A Marabese é uma empresa italiana familiar, da região de Milão, com um lote de clientes de elite, e um não menos impressionante portfolio de trabalhos, com especial destaque para o design na área da mobilidade, e grande foco nas motos e scooters.




O que os distingue de muitos outros estúdios de design bem conhecidos é que boa parte dos seus projectos podem ser vistos a circular nas estradas. Por vezes, até na nossa própria garagem, sem que o saibamos: não imaginava que lhe pertencia, por exemplo, o design original da minha antiga Vespa Granturismo de 2003 e, consequentemente, da minha actual Vespa 300 Super. Ou da Triumph Tiger, da Piaggio Hexagon, Gilera CX, ou... Piaggio MP3.

Confesso que sou grande apreciador das virtudes da MP3, e não faço grande esforço por lhe desvalorizar os seus conhecidos defeitos. Experimentei-a apenas uma vez, logo que ficou disponível, em 2006. Desde essa altura que sempre pensei, em voz baixa que, mais cedo ou mais tarde, hei-de ter uma..

Pelas imagens dinâmicas que vão sendo disponibilizadas a conta gotas, a Quadro 4D (também existe uma 3D, de três rodas) parece ser ainda mais divertida e desconcertante do que a MP3. Fala-se num motor de meio litro, com quarenta cavalos, e um peso abaixo dos duzentos quilos. O volume e o peso são, em regra, os grandes inimigos destes conceitos. Apesar de estar prevista a comercialização apenas em Janeiro de 2012, é uma das atracções que espero ver em detalhe em Novembro, em Milão.

imagens oficiais Quadro

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Controlo da Aeronave


imagem original: Bob

domingo, 3 de outubro de 2010

Scooter Smart & Mini



Coincidência ou não, certo é que duas das mais poderosas marcas actuais, e que traçaram tendências e extravasaram o seu universo natural no início do século XXI, a dos automóveis Smart e Mini, apresentam agora ao público scooters eléctricas.

Parecem mais exercícios de estilo do que propriamente scooters práticas e pouco se sabe sobre o que realmente têm para oferecer para lá do design. Mas provam – como se preciso fosse – que as scooters estão definitivamente recentradas no alvo. Neste caso, da moda…



Aparentemente, a ligação que se pretende fazer do automóvel à pequena moto ou scooter está relacionada apenas com questões de linguagem ou de imagem. Como extensão do culto da personalidade Mini ou Smart, transposta apenas para um objecto com metade das rodas. Muito pouco relacionada com o lado prático e substancial.





Em contraponto a esta nova tendência, lembrei-me das Honda mini-trail e da fantástica Motocompo, uma moto liliputiana que se encaixava na perfeição na bagageira do minúsculo Honda City. Mais uma daquelas geniais ideias japonesas, infelizmente nunca exportadas para a Europa. Onde estará a minha Motocompo amarela à escala, que montei em kit no final dos anos 80 ?



 
(imagens atribuídas às respectivas marcas)