Há uns meses atrás - vá lá, oito ! -, o Vespa Clube de Lisboa promoveu um concurso de fotografia que quase passou despercebido por entre o passeio por ocasião do seu 55º aniversário.
Recordo um óptimo dia de sol, Vespas vindas do país vizinho, pedagógicas visitas a museus e saudáveis gargalhadas entre amigos à conversa. Um dia em cheio.
Reparei agora, numa visita tardia ao site do VCL, que afinal sempre houve escrutínio. Em Fevereiro (!). E que uma das fotografias que enviei tinha sido eleita.
O boneco é um instantâneo lisboeta de uma Vespa levada à mão por uma rapariga que cruza os carris por onde passa aquela charmosa carruagem amarela, com janelas de guilhotina e bancos de tábua a que chamamos eléctrico.
Não sei se estou certo, mas parece-me que há poucas competições com cunho tão subjectivista quanto um concurso fotográfico. A impressão que tenho é que cada fotógrafo, ou simples entusiasta, gosta de destacar um aspecto a que dá especial ênfase no seu trabalho. Eu tenho uma certa tendência para sobrevalorizar a composição nas minhas fotografias.
Para o caso desta é totalmente irrelevante, confesso que saiu assim, espontânea, instantânea e com (muitas) imperfeições. Com uma simples e descontraída Nikon L16, uma máquina de bolso. Provavelmente haveria fotografias melhores, mas esta talvez se tenha sobrevalorizado. E com isso trepou até ao primeiro lugar. Se quiserem saber as razões vão ter que perguntar ao júri.