sábado, 22 de fevereiro de 2020

Viajar de Space Shuttle






Rolar na Lambretta é uma experiência. Nunca nada é garantido. Nem eu lhe cobro garantias. Julgo que não tenho o direito de o fazer, ela terá cinquenta e quatro anos já em Março. Como posso cobrar-lhe se  chego ao destino, se ela vai travar naquele espaço que antecipei, ou se algum dos componentes não vai gritar "estou cansado!".

A única garantia que tenho é a da intensidade do momento. O que exige que esteja minimamente em forma. E de sentidos bem despertos. Sinto-me vivo, muitas vezes com uma certa descarga de adrenalina. Mesmo a sessenta ou oitenta à hora. A cem sinto-me no Space Shuttle Discovery.

A Lambretta mostra-me uma perspectiva que de outra forma seria invisível para mim.