sábado, 30 de maio de 2015

Litro na Lisnave (III)






Últimos postais da Margueira, Lisnave. Entre o primeiro e o último post, estive a falar com o meu pai, a ouvir histórias deste estaleiro, por onde ele também passou. 

Histórias da construção de fragatas e petroleiros. Dos navios que já foram desmantelados entretanto, conhecidos pelos seus números de código. Das mil e cem pessoas que chegaram a trabalhar na Lisnave e do orgulho de pertencer a uma estrutura da primeira divisão mundial, no que à construção e reparação naval diz respeito. 

Não sei que futuro estará destinado a este espaço. Antes da crise imobiliária falou-se da construção de uma Manhattan aqui, com edifícios mais altos do que o Cristo Rei. Não avançou. Curioso ter estado em Manhattan há um par de semanas, e me parecer um corpo tão estranho projectar neste espaço ideia semelhante. 

Certo é que os estaleiros, tal como estão, servem de pouco. É um espaço único, para ser lembrado. E universal, para ser reconhecido. É uma memória, um fantasma. Talvez um paraíso para os fotógrafos. E para a boa arte de rua, como algumas fotografias mostram neste conjunto de posts


































































4 comentários:

C disse...

Para fechar o tema, Parabéns pela fotoreportagem. Muito bom! 5 *****

Leonardo Dueñas disse...

Paraíso para fotógrafos sensíveis; eu não notaria um décimo no local. De fato o abandono proporciona as melhores texturas e o drama sem carecer de produção.

O que alegremente me espantou foi notar duas figuras femininas sobre uma Vespa branca, quem serão??

Forte abraço,
Leo Dueñas

VCS disse...

Castanheira,

Obrigado pelas palavras, o espaço é realmente um maná para fotografar.

Abraço,
Vasco

VCS disse...

Leo,

Óptimo ter-te por aqui ! Obrigado por teres comentado.
As figuras femininas não são quem estás a pensar, eram acompanhantes de participantes na prova que fotografei. Nem de propósito, a Beatriz este fim de semana deu uma volta na Bianca com o pai e adorou !

Abraços para o Rio !
Vasco