Na sequência de um par de vídeos mais recentemente publicados no youtube, de que a Horta fez eco, voltei a colocar-me uma questão que já estava empoeirada: quais as razões que explicam a ausência de uma prova de regularidade em Vespa num calendário recheado de encontros, quase todos iguais?
(vídeo Vespa Club Stockolm)
A resposta pode parecer óbvia: dá trabalho. Suspeito, porém, que não pode ser só por esse motivo tão prosaico. Em Portugal organizam-se inúmeros eventos Vespísticos, e ainda em 2010 recebemos o Vespa World Days. Espalhados pelo país encontram-se dezenas de clubes dedicados à paixão pela marca. E não é raro ocorrer sobreposição de datas no calendário.
Em 2007 e 2008 o Vespa Clube de Guimarães organizou uma prova de regularidade, o Guimarães-Lisboa, arquivo de onde retirei a curta selecção de fotos deste post.
Na verdade, não era uma prova de regularidade em sentido próprio, com vários controlos horários de partida e chegada, ou provas de perícia. Era um passeio, bastante agradável, mas não mais do que isso. Numa regularidade vamos sempre com um olho na estrada e outro no relógio, como naquele tempo espelhado no vídeo. Ou como hoje, nos modernos ralis de regularidade para veículos históricos, em estrada aberta.
Posso estar enganado, mas pelo menos os entusiastas com quem tenho mais contacto apreciam as boas oportunidades de fazer girar a sério os odómetros das suas scooters. Custa-me acreditar que quem veja imagens como as do vídeo e, simultaneamente, retire satisfação do acto de viajar em scooter, não se sinta tentado por este formato.
Se a esse gosto pela estrada juntarmos alguma (mas saudável) competitividade, atracção pelo endurance, um road-book a sério, e uma relação pouco conflituosa com as contas às médias horárias a cumprir, temos todos os ingredientes para fazer renascer este tipo de provas. E viver a realidade em cima do banco da scooter. Convenhamos, bem melhor do que ver o canal memória no youtube.
1 comentário:
Apesar de ter tido pouco de regularidade e da dormida ter sido... diferente, repetia já hoje.
Dá trabalho? Acho que sim, mas e se se juntassem 2,3 ou mais clubes e organizassem cada um uma parte do percurso?
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