Não encontro nenhuma explicação óbvia, mas recentemente tenho revisitado este filme amiúde nas gavetas da minha memória. Rodado numa aldeia piscatória na ilha de Lampedusa, é uma peça plena de significados simbólicos. Sobre o mar que oprime e liberta, sobre a loucura, na sua fronteira invisível com a lucidez. Sobre Grazia, uma mulher ansiosa, mas livre e autêntica, um corpo estranho submerso num tecido social conservador, que precisa de respirar. O filme é de uma beleza e lirismo raros.
Não me lembro se, no momento em que escolhi o endereço deste blog, este filme me assaltou o espírito. Conscientemente, talvez não. Mas mais fundo, olhando para esta imagem com que me cruzei agora, é-me difícil acreditar que, naquele momento, não fui influenciado pela linguagem de Respiro.
Imagem: Respiro, de Emanuele Crialese
2 comentários:
Olá meu amigo,
Eu vi esse filme aqui há uns anos valentes e nem sequer me lembrava do nome. Do que me lembro é que adorei, toda aquela atitude e o ambiente da acção.
Há alguma coisa em que o meu amigo não tenha bom gosto? Só no clube futebolístico, mas isso percebe-se porque nem ele nem eu entendemos nada de futebol. :D
Abraço!
Amigo Hugo,
Não me espanta que tenhas gostado do filme e da sua atmosfera :).
Sinto falta de retratos em movimento com a sensibilidade de "Respiro". O que o valoriza ainda mais.
Abraço!
Vasco
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