O meu interesse por scooters é tardio. Muito antes de lhes descobrir os encantos já tinha despertado para os clássicos de competição. Talvez pelo início da década de noventa.
Sempre que posso, não me canso de fazer bons quilómetros para os ver em acção. Ou até em repouso, mas desde que prontos a atacar a pista. Prefiro vê-los em ambiente selvagem, fora do cativeiro que muitas vezes representam os museus.
No último fim-de-semana estive no Algarve Historic Festival, um evento FIA dedicado a pilotos amadores que gostam de largar os cavalos na pista à antiga, usualmente conhecidos como gentleman drivers.
Nunca tinha dado especial atenção às scooters que acompanham a caravana. Este ano, no meio de largas dezenas de fotografias no paddock e na pista, constatei, com alguma surpresa, que as pit scooters que estes coleccionadores trazem não são scooters clássicas, de caixa manual, como as Vespa ou Lambretta. Mas sim automáticas, em regra do extremo oriente. Muitas delas com marcas de uso bem para além da patine.
Destaca-se, contudo, um modelo com uma expressão em números que ultrapassa todas as outras em conjunto: a Honda Zoomer. Não consegui entender o motivo desta preferência. Mas gosto do contraste de vê-la dividir a box com o músculo e graciosidade de um Ford GT 40.
7 comentários:
Vasco, sabe dizer qual marca/modelo é a scooter verde e branca que está sendo manobrada na 5ª foto? Me pareceu bastante interessante e nunca a vi antes...
Leo, é uma Velocifero da Italjet. Desconheço se alguma vez se venderam aqui em Portugal. Pelo menos não se vêem na estrada.
Abraço,
Vasco
Já vi uma dessas ao vivo na MigTec no Cacém. Era azul, e estava como nova, dava gosto ver. Acho até que tirei fotos.
Essa Italjet foi vendida sim, cheguei a ver algumas a circular. É uma scooter muito bonita, mas o som emanado pelo escape era algo decepcionante. Neste momento estou em Luanda e aqui há bastantes modelos de uma scooter muito parecida com essa Velocifero, a Yamaha Vino. Aqui há imensas na sua versão de 50cc, e é uma pena a Yamaha não vender esse modelo em Portugal
Paula e Toni,
Obrigado pelo vosso feedback. A Velocifero tem um som típico de um dois tempos pequeno, realmente não é nada de muito inspirador.
Quanto ao panorama scooterístico angolano, seria interessante saber mais.
Vasco
Es un placer para un scooterista leer tu blog.
Un saludo
Serpdasfalt,
Bem-vindo e obrigado pelas palavras simpáticas.
Vasco
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