Tenho andado esquecido das pequenas viagens sem sentido aparente, e nada tenho escrito aqui sobre a minha Vespa GTS 300 Super.
Mentiria se dissesse que se nota imensa diferença para a minha anterior Vespa GT 200. Mantenho as minhas primeiras impressões: é mais refinada.
Tem um tacto de acelerador mais aveludado, por efeito da injecção, e uma caixa toráxica mais possante. As notas do escape são disso testemunho, fazem-se ouvir num tom bem mais grave, mas sem ser incomodativo.
A Super dispara de qualquer velocidade com muito mais urgência do que a GT. Fá-lo usando menos rotação e está sempre mais disponível. Julgo que, tal como está, encontra-se no limite do equilíbrio deste chassis, ou perto disso.
A diferença no motor é claramente perceptível, mas não modifica a matriz da scooter original, não altera a sua filosofia essencial. Torna-a apenas um pouco mais… desportiva, se quisermos. Se montarmos o motor da Super na GT200, temos uma verdadeira Super em sensações. O resto são os detalhes que a estética implica, e que ajudam a sublinhar essa nota menos Touring e mais Sport, para usarmos chavões do marketing.
Terminei a rodagem e já fiz a revisão dos mil, pelo que a Super vai poder finalmente respirar a plenos pulmões, mas suspeito que nem precise de rolar ofegante. Não a usar diariamente, sendo limitativo por um lado, é gratificante por outro: só a uso quando e onde realmente me apetece.
Passear nela é um privilégio, um pretexto, um entretenimento, um devaneio. Numa palavra, é um luxo.
E é sempre uma boa desculpa para me perder um pouco no tempo, demorar-me nos lugares. Passear.
Continuo fascinado com a Super. Já desperdicei doses consideráveis do meu tempo a contemplá-la, a descobrir-lhe ângulos e detalhes de que não me dera conta.
Acho-a até egoísta, rouba-me alguma da atenção que devia dedicar ao exterior, mesmo em viagem. Temos que conversar sobre isso…
7 comentários:
Até o capacete é bonito... Abraço.
Estou quase a perceber os motivos da loucura que leva alguém a gastar tanto dinheiro numa scooter.
Vasco Eiriz,
O capacete é um fenómeno estranho. Há muito que o tinha debaixo de olho, e quando saiu o Montebianco sabia que não lhe ia resistir, mas um preço absolutamente pornográfico pedido pelo importador Piaggio em Portugal manteve-me à margem. Acabei por comprá-lo em Inglaterra, por um preço 40% inferior !
Rui Tavares,
Explica lá melhor essa ideia. A GTS Super custa talvez metade do que vale uma Heinkel...
Abraços,
Vasco
As fotos são soberbas
Eu classifico essa vespa numa palavra: soberba
Concordo: fabulásticas fotos!
Griff, Toni e TodayAdventure,
Obrigado pelos comentários. Também acho a Bianca fotogénica.
A paisagem está lá à nossa espera, resta-me tentar agarrar as cores e as formas, e esperar que esse ambiente conte uma história.
Abraço,
Vasco
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