quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Lastros de Chumbo



De repente tenho trinta e seis horas livres, arrancadas a ferros, sem compromissos de qualquer ordem.

Estamos em Janeiro, em pleno inverno, entre frio insistente, nevões e até pequenos furacões por terras pouco habituadas a estes rigores. Alivia-me saber que os furacões estão ausentes da carta meteorológica que acabo de consultar.

Imagino-me de imediato a noventa à hora, mesmo que com uma chuva miúda, com as mãos firmes em cima do guiador da Vespa, desenhando linhas secas atrás das rodas. À espera que o vento, que se desvia ao bater-me no peito, me esvazie suficientemente das más rotinas quotidianas, daquelas que nos consomem energia sem nos dar nada em troca.

É desse lastro de chumbo que vou aproveitar para me desligar nas próximas trinta e seis horas. Levo comigo a Nikon e tenho uma vaga ideia do meu azimute. Então, até já... Vamos, Vespa?

1 comentário:

Rui Tavares disse...

Nem penses para onde. Apenas vai.
Esse peso acabará por ficar a fazer companhia a qualquer pedra da estrada.
Have fun.