terça-feira, 5 de maio de 2009

Já viste´xisto ?! - IberoVespa 2009



Quem me conhece sabe que não sou um entusiasta de passeios de Vespa organizados. Com horários, lanches e filas indianas tão típicos das dezenas de encontros Vespistas que brotam como a flor das amendoeiras na Primavera.

Há, contudo, e como sempre, uma excepção a esta regra: os encontros do Vespa Clube de Lisboa. Boa parte dos elementos do VCL fazem um esforço sério para não só organizar, mas principalmente acolher e integrar de mente aberta quem tenha sido recentemente picado. Sem complexos. O que talvez ajude a explicar o seu sucesso e abrangência actuais. Sendo o mais antigo Vespa Clube português (nasceu em 1954, tem quase a idade da Vespa) não está envelhecido, fechado sobre si mesmo, mas antes ávido por receber sangue novo, com uma energia e vitalidade contagiantes.

Esse foi um dos motivos que me levou a acordar às seis da manhã de sábado e rumar a Arganil para o 13º IberoVespa. Estava avisado que convinha comparecer à festa de bigode, mas levantar áquela hora pareceu-me penitência suficiente. Por aqui também se vê quão arejado é o ambiente, ainda que o cheiro a mistura seja dominante.


Outro foi ter oportunidade de desenhar as várias serras da belíssima Serra do Açor com o traço da Helix. Não, não é uma provocação aparecer de Helix num evento de Vespas. Por estas bandas isso também é encarado com fair play. Aliás, foi possível avistar outras aves enquadradas na paisagem de Xisto, como Lambrettas e Heinkels.


Por último fazia uma década que não acampava. Curiosamente as últimas duas incursões campistas tinham tido destinos vizinhos, Góis e Lousã. Pareceu-me boa altura para voltar a pregar quatro estacas e recordar a sensação de dormir à temperatura ambiente. Claro que quase gelei, mas nem por isso acordei mal disposto.


Para terminar ainda trouxe uma Vespa nova para a garagem, uma PX rubra... bem, é à escala real, mas de... cartão.


Rever e fazer amigos, passear pelos tesouros naturais da região, a solo ou acompanhado, nas doses certas. É este o espírito do IberoVespa. Para o ano conto voltar. Quem sabe se de bigode...

4 comentários:

Ilde disse...

Bom relato rapaz...mas para o ano já não vai ser bigode...nós logo inventamos outra parvoeira...lol

Hugo Reis disse...

Tenho uma vespa dessas que me ofereceu o Mexe. Infelizmente é a única que tenho actualmente. :)

O bigode iria seguramente favorecer-te. Foi uma oportunidade perdida. Se bem que com duas scooters e bigode, estarias a testar os limites do matrimónio, não achas Rita? :)

Aproveito para mandar um abraço ao Ildebrando: Abraço Ildebrando! :D

Rui Tavares disse...

Quer-me parecer que estarás efectivamente a testar os limites da tua conjuge. Mais uma Scooter???!!! Bem sei que é de cartão, mas estou mesmo a ver um dia a "achares" uma de metal, da mesma cor e subrepticiamente as trocares:
O quê, querida? Outra? Não! Aquela está lá desde Maio. Tu é que se calhar nunca olhaste por trás!

Conduzir o teu sofá foi uma experiência.... relaxante, excepto quando ouvia os "pregos" que ías sequencialmente enfiando na Heinkel :)
Abraço

VCS disse...

Ilde: é exactamente por isso que pode acontecer que apareça de bigode para o ano :)
Hugo: duas scooters e bigode…hummm, isso comigo até dava um bom cartoon: uma balança da justiça em que a régua é um bigode e nos pratos estão duas scooters :) Falta só encaixar o matrimónio no "boneco"…
Rui: a tua Heinkel não está habituada a ser guiada por um fanático da rotação. Arrisco-me a dizer que os pregos me doeram mais a mim, por pensar que a "senhora" já não tem idade para estas aventuras… Aliás, tenho que confessar que desliguei o intercomunicador para não ouvir os nomes que me ias chamando serra acima… :)