No Salão de Milão de 2011 (EICMA) a Piaggio irá apresentar um novo motor a quatro tempos, de quatro válvulas por cilindro e injecção electrónica de 330cc de capacidade.
Ao fazer crescer o seu bloco com a cilindrada mais em voga nas scooters actuais (300cc), a Piaggio eleva a fasquia para um patamar incomum. É que mais relevante do que o aumento de 43cc - recorde-se que o actual 300 é, na verdade, um 287cc - , a potência dispara cinquenta por cento (!), de 22,2 para uns bem expressivos 33,3 cavalos.
Este motor equipará inicialmente a topo de gama das scooters de roda alta da Piaggio, a nova Beverly Sport Touring 350, que será a evolução de um modelo já muito popular na Europa, em especial para lá dos Alpes. A par da nova motorização, a Beverly ST passará a contar com ABS e controlo de tracção (desligável), este último a limitar a alimentação quando a electrónica detecta a rotação anormalmente elevada da roda traseira, em comparação com a dianteira.
A questão será saber se a Piaggio vai resistir à tentação de encaixar estes trinta e três equídeos noutros modelos do grupo. Como, aliás, tem feito até aqui com as cilindradas comerciais de 200cc, 250cc e 300cc. Sim, estou a pensar no quadro de aço da Vespa GTS Super.
Imaginar a minha Bianca, sem controlo de tracção, com as suas rodas de doze polegadas, com um bónus de punch de onze cavalos talvez seja um bilhete para transformar o seu condutor em passageiro. De dono que passeia a Bianca, a Bianca que passeia o dono. Uma declinação da frase publicitária Power is nothing without control. É difícil imaginar mais veneno numa maçã.
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