terça-feira, 16 de agosto de 2011

Maçãs de Montanha - Ibero Vespa 2011



O cenário soberbo do alto do Monte de S. Domingos, de onde a vista alcança Lamego e a Régua, com o Marão em fundo, deverá ter inspirado o Vespa Clube de Lisboa para escolher Armamar como anfitrião do Ibero Vespa 2011. Armamar é terra que olha o Douro a partir do planalto. As paisagens de vinhedo em socalcos, a norte, contrastam com o ambiente beirão a sul, feito de searas e serras, com predominância dos afamados pomares da região, berço da sua maçã de montanha. Por coincidência feliz, a maçã trincada é também uma das imagens de marca da Vespa.

Estando de férias cá dentro, previa regressar ao convívio do Ibero Vespa depois de um ano de ausência, chegando cedo, e partindo também antes da caravana, no Domingo de manhã. Fiz a viagem para Armamar na alvorada do dia zero, uma sexta-feira útil, aprazível para fazer correr o tapete de alcatrão por baixo da scooter, acrescentando amigos à medida que ia parando nas estações: Daniel nas Caldas da Rainha, Marrazes e Sónia na Marinha Grande, e Mauro em Leiria, onde me esperava o melhor café do fim-de-semana no Ócio.

A conferir cor e graça a uma caravana com três Vespa, automáticas, e brancas (!), só uma Helix poderia evitar um improvável cenário de um quarteto de aspiradores brancos italianos. Fi-lo num acto de insubordinação consciente, com vista a evitar uma imagem de preocupante simetria nas estradas nacionais que acolheriam a nossa passagem. O facto de se tratar de um encontro Vespa não me coibiu de transgredir, até porque desconfio que o Vespa Clube de Lisboa gosta da minha Helix. Veremos se o clube aqui aparece para o desmentir.

Dos três dias oficiais do evento, desfrutei apenas de um, Sábado. Curto mas intenso, pois foi o suficiente para saudar alguns amigos de velhas caminhadas, conhecer e também rever a significativa representação de nuestros hermanos. Sentir-me em casa no camping,  participar no programa, desprogramar e improvisar um passeio com um grupo pequeno de amigos, descobrindo tesouros paisagísticos que o acaso, a beleza da região, e algum faro intuitivo nos proporcionaram.

Do cardápio fez também parte espremer a T5 do Paulo quase ao limite. Definitivamente não aconselhável a quem tenha acabado de provar os néctares da região! A marcha do tempo não me permitiu fruir mais, nem sequer pisar as variantes da N222, que tantas e tão boas curvas oferece a quem aprecia a sensação de inclinação em duas rodas.

Mas das minhas limitações de calendário não tem culpa o VCL, que mais uma vez fez um trabalho que merece ser saudado e enaltecido.

Arranquei de Armamar ainda na noite de Sábado, a solo, com a lua cheia por companhia, a clarear-me quatro horas e um quarto de viagem até casa, madrugada fora. Curto, mas bom. 
     








 











































7 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado Vasco por teres feito quase 1000km para estares connosco um só dia! Como escreveste, curto mas bom.
Sim, não nos incomoda a presença da tua Helix nos nossos encontros. Incomoda muito mais quando não estão presentes!
E claro, obrigado por partilhares duas fotos no teu blog da minha ET3. Ainda por cima uma delas com a minha mais-que-tudo a conduzi-la! ;)

Ainda bem que gostaste do Ibero, e a ver se para o ano consegues lá estar os 3 dias. E quem sabe se entretanto não voltamos a Armamar para fazermos as curvas que não fizeste no domingo.

Abraço
Máximo

VCS disse...

Máximo,

Os 900 quilómetros fazem parte do gozo da jornada. Nem teria o mesmo sabor se o Ibero fosse à porta de casa.

As fotografias da tua ET3 Primavera resultam do facto de se tratar, provavelmente, da mais fotogénica das scooters deste Ibero. A tua mais-que-tudo aos comandos só sublinha a classe ímpar da ET3.
:-)

Grande abraço,
Vasco

Máximo disse...

É pá...
Agora babei...
;)

Máximo

Anónimo disse...

Olá Vasco, um prazer volver a verte, um pouco breve, na proxima podremos falar mas a devagar.
Rubén

VCS disse...

Rubén,

Bem-vindo! Realmente o tempo foi muito curto e ficámos a meio da nossa conversa. Espero que em breve nos possamos encontrar, até para poderes dar uma volta maior na Helix.

Abraço,
Vasco

Anónimo disse...

Olá Vaco provavelmente não sabes quem sou,mas estive em armamar contigo mostrei-te no meu telemóvél fotos da minha CN 250 igual á tua achei estranho não te vêr no domingo mas está aqui a justificação,ao encontrar este blog por acaso,um abraço e gostaria de me encontrar contigo qualquer dia.

VCS disse...

Viva, Mário.

Claro que me recordo desse encontro no Ibero, não é todos os dias que se tem notícia de uma Helix com tão poucos quilómetros :)

Julgo que não faltarão oportunidades para nos encontrarmos em algum evento, talvez até ambos de CN.

E bem-vindo a este espaço.

Vasco