Na ressaca do Lés a Lés, decidi amortizar parte substancial do largo défice de atenção de que a minha Helix é credora.
Para além da obrigatória lavagem para a aliviar dos quilos de pó e lama entranhados, resolvi, dias depois, acabar com o efeito árvore de natal em que se estava a transformar a minha passagem, tal a panóplia de autocolantes das mais variadas proveniências, quase sempre testemunhando a minha presença em evento com algum significado pessoal.
Retirei todos os autocolantes à Helix, com excepção dos dois vinis relativos à Scuderia Sereníssima. Ainda lá está um do Lés a Lés de 2011, mas só porque o queria guardar e não me lembrei de o tirar quando cheguei à garagem.
Num acto continuado de persistência, concedi-lhe ainda duas horas extra de atenção para um polimento geral dos painéis pintados e do alto e largo ecrã frontal. E já que estávamos em plena sessão de tratamento de pele, porque não experimentar a boa e velha técnica CIF do Fernando Pires, outro Helixista convicto ?
Ficou outra, com um brilho que nunca lhe vi. E voltei a gostar do azul.
Uma semana depois, pude gozá-la durante hora e meia, resgatada à sua condição civil, sem autocolantes de guerra, como qualquer Helix urbana anónima. E voltei ao campo e à terra.
2 comentários:
Grande Vascôncio!
Como é bom redescobrir o prazer das nossas coisas, sobretudo através dessa grande mestra chamada "simplicidade".
Um abraço!
MTVieira
Manel,
Por regra, as coisas simples são poderosas.
Grande abraço,
Vasco
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