sábado, 15 de janeiro de 2011

Scooter Short Film - Look at Life




Eis uma pequena crónica de oito minutos sobre o impacto da scooter em Inglaterra, exibido em 1962 no programa televisivo Look at Life.

Com um rigor de imagem, montagem e locução típica e deliciosamente britânicos, a peça condensa num espaço de tempo invulgarmente curto muitas das perspectivas através das quais podemos projectar o fenómeno scooter.

Desde a pequena resenha histórica e explicação das origens do conceito na 2ª Grande Guerra, à enunciação das vantagens e singularidades do meio de transporte alternativo, e do modo como se integrou no quotidiano. Passando pela dimensão e impacto social de um veículo de transporte utilizado em 40% dos casos por mulheres, mas rudemente testado por homens (!). Pela vertente da produção industrial e da criação de valor. Terminando na génese do entusiasmo clubístico que envolveu estes veículos e que perdura até à actualidade.

É um belo filme pela coerência e rigor conceptual da crónica, pelo estilo, mas também pela riqueza das imagens que nos deixa ver. Destaco uma, quase ao acaso: a sequência do instrutor de condução no seu impecável fato, sentado no segundo banco da reluzente Lambretta de dois guiadores, e um "L" estampado no avental, ensinando uma delicada mulher a domar o selector das velocidades em estrada aberta.

Ao ver o filme, não pude deixar de imaginar-me naquele cenário, de especular sobre como seria viver o fenómeno scooter naquela época.

A esta distância temporal, e pela imagética que o perpassa, o filme revela e deslumbra. Como uma preciosa sucessão de postais.

3 comentários:

Julio disse...

muito bom!!! uma viagem no tempo e simultaneamente muito actual!
o casalinho a ir para trás dos arbustos é ousado para a época e os testes em fora de estrada também levam uma certa dose de loucura! :)
Gostei muito de ver o filme. Obrigado pela dica.
Abraço
Júlio

VCS disse...

:)
O video é rico em pistas sobre vários temas que dão pano para mangas. A dos arbustos é definitivamente ousada para 1962!

Abraço,
Vasco

Cavok disse...

Muito giro!