domingo, 15 de novembro de 2009

Finalmente, Quatro Pneus.



Façam como eu digo, não como eu faço. Os pneus da GT e da CN estavam uma vergonha difícil de esconder. Com a estação das chuvas na estrada já me sentia a abusar da sorte, o que é sempre má ideia.


Depois de vários adiamentos e justificações mais ou menos fundamentadas, lá me resolvi a tratar do assunto em bloco, ou seja, encomendar quatro pneus.






Optei por soluções fora das tradicionais propostas, que por sinal são muito pouco variadas.

À GT comprei uns sapatos desportivos, Michelin Pilot Sport SC, a gama mais agressiva do Bibendum. A CN calçou-se com casual Pirelli SL26, uma das poucas alternativas aos caros Bridgestone ML que tinha montados.

Não percebo bem porquê, mas as scooters estão ostracizadas quando se fala em pneus.

Bem sei que muitos scooteristas com jeito para a bricolage não se queixam do mesmo, pois trocam pneus com a mesma naturalidade com que eu calço as luvas e aperto o capacete. Como sempre, o facto de não me aventurar sozinho na manutenção das minhas scooters traz-me despesas.

Mas a verdade é que o leque de opções em pneus proposto por oficinas e concessionários é muito reduzido. Os pneus ou não existem em stock, ou são demasiado caros, ou demoram tempo em excesso a chegar. O que nos obriga a optar pelo que existe – que é sempre o mesmo - , ou então a comprar na net, o que fiz desta vez.

Acresce que quase ninguém calibra rodas de 10” ou 12” para scooters. Muito poucas oficinas têm calibragem manual, a maior parte dos concessionários Piaggio, por exemplo, não calibram rodas. Nem sequer sabem o que é a famosa calibragem manual. E quem não tem calibragem manual mas sabe o que é garante que esta não é eficaz.

Feita a montagem, o pisar das scooters é indiscutivelmente outro. A GT já não parece uma moto de enduro à frente, doença de que padecia fruto do desgaste irregular do rasto central do Sava que ainda lá estava. Por sua vez, o Michelin Pilot City traseiro durou nove mil quilómetros, mas à custa de um novo “look slick”. Em rigor, deveria ter sido trocado aos seis mil.




Quanto à CN, tem um desgaste curioso dos pneus. Desfez o da frente muito antes de derreter o traseiro, que ainda não estava em modo SOS. Duração: 10.000 quilómetros.

O odómetro de cada uma já está a contar. Vamos ver quanto duram agora. Entretanto, o meu ritmo cardíaco aos comandos baixou. Finalmente.

2 comentários:

Rui Tavares disse...

Julguei que os slalom que te vi fazer no Lés a Lés com a CN já te tivessem incutido juízo há muito, mas antes tarde qu....
aproveito também para te recordar que bons pneus apenas abrandam as leis da física, não as anulam, por isso não te estiques

VCS disse...

Com aqueles pneus já parecia um sem abrigo.
Quanto aos "ésses" no Lés a Lés, estás a ser injusto:). Milagres não há, muito menos na lama com pneus de estrada.