sábado, 21 de outubro de 2017

Trimestre em X8




A X8 está de serviço há cerca de três meses, embora com algumas interrupções. Com pouco mais de trinta e três mil quilómetros, leva quase dois mil feitos por mim. Apesar de estar a ser uma experiência um pouco mais dispendiosa do que inicialmente previsto - não é sempre assim quando compramos uma scooter bem usada ? -, a sensação que tenho é a de que a X8 está a valer a pena, e tem bastante para me oferecer no futuro.  


Como costuma dizer um blog de ciclistas que aprecio, até agora, a lista de supermercado já anotou, no capítulo da segurança: um pneu traseiro; pastilhas à frente e atrás; óleo de travões; desmontagem de rodas para verificação de jantes, desmontagem de câmeras de ar e raspagem de jantes para conter e tratar a corrosão; na manutenção mecânica: filtros e óleos; correia do variador; roletes; guias; junta de escape. A embraiagem morreu e teve também que ser substituída. Restam agora pormenores mais práticos, mas secundários, como fechos de tampas e um descanso central a precisar de ser soldado.


Entretanto a experiência na cidade com a X8 tem sido positiva. Está a provar ser suficientemente esguia para me desembaraçar das filas de trânsito, e a capacidade de carga corresponde exactamente ao que precisava. O conforto para pendura também tem convencido. Falta-me ainda experimentar com chuva séria, uma vez que não tenho a certeza de que o ecrã alto não estorve quando chove.

Este ecrã da Givi é um extra caro, e tinha acabado de ser montado quando comprei a X8. Está portanto novo e é muito útil para proteger do frio e do vento, por exemplo a velocidades de auto estrada, ou mesmo na cidade, para quem anda de fato e gravata é um extra valorizado. Até agora não me tem feito impressão à noite, uma vez que o ecrã não está riscado. Mas com o uso, e com chuva e má visibilidade que se aproximam, os reflexos e a sujidade podem ser um problema e não uma ajuda. Preciso de experimentá-lo em estrada e com chuva para perceber melhor se é mais útil como está, ou se será melhor cortá-lo abaixo do ângulo de visão.

A embraiagem nova transformou o andamento da scooter, em especial desde parada até aos sessenta, com um arranque muito mais forte e decidido. Falta-lhe ainda ser mais veloz em especial a partir dos oitenta, estou sempre a compará-la com a minha antiga Vespa Granturismo, que tinha o mesmo motor Leader, e sempre me pareceu mais rápida e veloz. 

A velocidade máxima não é um factor eliminatório para o uso que dou à scooter. Mas, conhecendo-me, sei que mais tarde ou mais cedo esta X8 estará a viajar longas horas diárias, assim surja oportunidade. E quando esse dia chegar vai saber bem ter algum conforto em velocidade de cruzeiro, e margem para ultrapassar.

Esta dúvida sobre a velocidade máxima anda a pairar no meu espírito desde que comprei a X8. Julgo que a diferença para a GT não está, nem pode estar, só na aerodinâmica, que na Vespa nem sequer é brilhante. A diferença de peso, de acordo com várias fontes na internet - mas de cuja consistência duvido -  deve rondar os vinte quilos a favor da GT, o que, pela lógica, deveria ter mais consequências no arranque e menos na velocidade de ponta. A mesma incoerência aparece na velocidade máxima atribuída à X8 200, que surge em muitas fichas técnicas não oficiais como sendo de cem quilómetros hora, menos vinte do que a GT200. Noutras, aparece um valor de cento e vinte. Estes dados, para o mesmo motor e assumindo relações de transmissão pelo menos semelhantes, representam uma diferença enorme, difícil de acreditar.

Como não consigo aceder a um manual de X8 200 - só o da X8 400 está disponível gratuitamente -, a dúvida persiste.

Se alguém tiver por aí dados fiáveis ou, melhor ainda, um manual de X8 200, é favor tocar à campaínha.



2 comentários:

Lyp disse...

Olá Vasco.

Parabéns por esta nova aquisição de duas rodas. Qualquer dia, tens que alugar uma garagem só para as scooters :-)

Relativamente ao ecrã e à chuva, como andaste em tempos a "tratar" da protecção da pintura da GTS, deves ter comprado Grojet.

Podes aplica-lo no ecrã, e desta forma, a chuva será expulsa muito mais rapidamente com a ajuda do ar.

A ideia é aplicares (em pouca quantidade) pelo ecrã, esperares uns curtos minutos até ficar com o aspecto baço, e remover com um pano micro-fibras.

Vais ver que notas diferença.

Se tiveres que comprar, há uma outra variante de Grojet, específica para esse fim. Se já tiveres o Grojet "original", serve bem, pois faço isso no carro e funciona.

Forte abraço.

Filipe



VCS disse...

Lyp.

Obrigado pela dica.
Ainda tenho Grojet que comprei nessa altura que referes. Vou aplicar como explicaste e esperar pelos resultados.
Há dias apanhei uma chuvada forte e fiquei com dificuldades de visibilidade. O ecrã fica com as gotas "presas" e como, em cidade, as velocidades nunca são altas, tenho que esticar o pescoço ao estilo girafa para ver melhor...


Vasco