terça-feira, 19 de agosto de 2014

60 Velas do Vespa Clube de Lisboa (II)





Um Clube com sessenta anos não faz cerimónia quando se trata de repetir o bolo de aniversário. Dose dupla de instantâneos da celebração. 




































60 Velas do Vespa Clube de Lisboa






Sessenta. Seis décadas redondas em duas rodas de palmo e meio. Começou com seis associados em 14 de Agosto de 1954. Nunca mais parou. Continua a rolar, deixando um rasto de simpatia e magnetismo por onde passa. 

Nas comemorações dos sessenta anos, o Clube organizou um concorrido Vespa Paper pela cidade, com um surpreendente terceiro lugar do vosso escriba de serviço. Após a pausa para almoço seguiu-se uma tertúlia com os Vespistas mais antigos, fundadores ou quase fundadores, numa interessante forma de transmissão de saber e são convívio entre gerações de Vespistas. A Piaggio Center de Lisboa cedeu o espaço para que a imersão fosse ainda mais fundo. Para que o sangue novo se misturasse com o menos novo. Tal como uma 946 dividia protagonismo, no meio da conversa, e sem complexos, com uma Rally 200. 





















As datas históricas são um bom cimento para agregar os associados. O Clube fez questão de homenagear os seus mais antigos representantes e de valorizar as suas memórias, o que só fica bem a uma instituição que se orgulha dos seus feitos.  





















O Vespa Clube de Lisboa está pronto para mais 60 anos. Estatutos novos, corpos sociais dedicados mas que se disponibilizam para a renovação, e uma história sem par no contexto do motociclismo em Portugal. Há também nuvens e alguma incerteza pela frente, mas fazem parte do percurso. Somos um Clube Vespa. Atrás do escudo, escolhemos o caminho. 





sábado, 9 de agosto de 2014

Legítima & Bastarda





Em Montejunto, a celebrar uma amizade na estrada, em duas formas de abordar o mito Vespa PX. A legítima e a bastarda.

A LML fez o seu primeiro passeio sereno à luz do dia na companhia da PX do meu bom amigo Júlio. 

A primeira viagem ocorreu na noite anterior para a trazer até casa, o que incluiu chuva, piso ora molhado ora húmido, curvas cegas de um caminho raro para os meus sentidos, e vários bloqueios de rodas em travagem. O mais crítico foi uma saída de estrada numa direita após bloquear o Sava de recurso, rabear de direita, rabear de esquerda, e sair de frente para o páteo de cimento de alguém. Felizmente não era um muro. Estou vivo, alerta, com os dedos da mão esquerda a ganhar músculo, e a gostar da experiência. 






























imagens nº 3 e 6 de Júlio Santos

domingo, 3 de agosto de 2014

Um Gelado Chamado LML






E de repente, algo de muito irracional aconteceu. Farto de ter scooters ou estupidamente boas como a Honda CN 250, ou irreprimivelmente lindas como a Vespa GT(S), decidi  cometer um acto que na escala de lógica compara com o conflito israelo-palestiniano, e é tão útil como andar com um telemóvel sem bateria no bolso: comprei uma terceira scooter. A boa notícia é que ela não está dispersa em caixotes. E até anda perfeitamente. 


Mas não me bastei com a compra de uma scooter. Usei de um certo requinte. Comprei uma LML. Cruzes ! Já vários amigos conhecedores da marca, porque com ela trabalham ou têm experiência própria, tinham sido chamados a dar uma opinião sincera: Posso ? Devo comprar uma, se me apetecer muito ? As respostas sempre foram pelo menos semi-negativas, para ser simpático.




Porque todos os que me conhecem sabem que eu fujo de um saco de ferramentas. Porque scooters que amuam não casam comigo. E porque scooters que têm tendência para pedir ajuda quando são solicitadas para trabalhar é algo que prefiro fotografar ou observar à distância, quando quem usa o capacete e as ferramentas sabe o que está a fazer para resolver o problema.





Então porquê uma LML ? Porque esta é a quatro tempos, o que auxilia os meus baixos níveis de coerência a manterem-se à tona de água. Porque tem a segunda cor de combinação mais bonita que a LML jamais produziu. Porque é manual. Porque o preço era tentador. Porque estava referenciada por amigos. E – esta ficou para o fim - porque as crianças quando escolhem um gelado usam várias técnicas sofisticadas para o ter, mesmo que os adultos, do alto da sua racionalidade, demonstrem aos pequenos que só gostam da imagem do gelado no escaparate. E não do seu sabor.


É agora que vou saber se é mesmo assim.