A viagem no sentido mais nobre do termo é movida a sonho. A Galiza e as Astúrias são território sonhado, apetecido e ao alcance de umas centenas de quilómetros, não demasiadas. Não havia, portanto, razão para reprimir esse desejo. Bastava aproveitar a alteração de formato do Lés a Lés, manter esses dias indisponíveis nesse corpo perigosamente dinâmico chamado agenda, e lançar a escada aos suspeitos do costume.
Vamos ?
Fomos.
Um pouco mais de dois mil e duzentos quilómetros depois sobrevivemos. Às birras da Bala, ao calor, à gastronomia galega, ao paraíso verde das Astúrias, ao silêncio e recolhimento interior da descida de Santo André de Teixido a Cariño. De motor desligado, como se fossemos pássaros.
3 comentários:
Caro Vasco,
Difícil imaginar uma melhor viagem mototurística do que pela Galiza e Astúrias, em Vespas clássicas. Espero que as "birras" não tenham sido sérias.
Abraço.
Caro Nuno,
Tens razão, o contexto paisagístico galego e asturiano é difícil de resistir, em especial em Junho, quando há pouca gente, os dias são amenos a quentes, mas sempre longos.
As tuas dicas foram discutidas e úteis, embora tivessemos que fazer várias concessões nas Astúrias, e não tenhamos chegado tão a leste (Oviedo) como inicialmente pensámos. Estes passeios são sempre contados em tempo, há demasiadas opções a fazer e variáveis que não controlamos. As birras sérias da Bala também não ajudaram. A questão agora será saber quando - e, mais importante - para onde repetir este formato de viagem.
Um abraço,
Vasco
"ao silêncio e recolhimento interior da descida de Santo André de Teixido a Cariño. De motor desligado, como se fossemos pássaros." Quero este momento de novo, sff.
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