Últimos postais da Margueira, Lisnave. Entre o primeiro e o último post, estive a falar com o meu pai, a ouvir histórias deste estaleiro, por onde ele também passou.
Histórias da construção de fragatas e petroleiros. Dos navios que já foram desmantelados entretanto, conhecidos pelos seus números de código. Das mil e cem pessoas que chegaram a trabalhar na Lisnave e do orgulho de pertencer a uma estrutura da primeira divisão mundial, no que à construção e reparação naval diz respeito.
Não sei que futuro estará destinado a este espaço. Antes da crise imobiliária falou-se da construção de uma Manhattan aqui, com edifícios mais altos do que o Cristo Rei. Não avançou. Curioso ter estado em Manhattan há um par de semanas, e me parecer um corpo tão estranho projectar neste espaço ideia semelhante.
Certo é que os estaleiros, tal como estão, servem de pouco. É um espaço único, para ser lembrado. E universal, para ser reconhecido. É uma memória, um fantasma. Talvez um paraíso para os fotógrafos. E para a boa arte de rua, como algumas fotografias mostram neste conjunto de posts.
4 comentários:
Para fechar o tema, Parabéns pela fotoreportagem. Muito bom! 5 *****
Paraíso para fotógrafos sensíveis; eu não notaria um décimo no local. De fato o abandono proporciona as melhores texturas e o drama sem carecer de produção.
O que alegremente me espantou foi notar duas figuras femininas sobre uma Vespa branca, quem serão??
Forte abraço,
Leo Dueñas
Castanheira,
Obrigado pelas palavras, o espaço é realmente um maná para fotografar.
Abraço,
Vasco
Leo,
Óptimo ter-te por aqui ! Obrigado por teres comentado.
As figuras femininas não são quem estás a pensar, eram acompanhantes de participantes na prova que fotografei. Nem de propósito, a Beatriz este fim de semana deu uma volta na Bianca com o pai e adorou !
Abraços para o Rio !
Vasco
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