A Helix está neste momento em consulta médica de rotina. É uma forma de dizer, porque a rotina que ela tem conhecido nos últimos tempos baseia-se em mudar pneus, óleo e filtro, por ordem decrescente de frequência.
Mas desta vez não. Decidi mandar limpar o circuito de refrigeração que há muito apresentava aquele castanho barrento, estilo gelado moka. E a culpa é da Helix. Uma scooter muito fiável e de acessibilidade mecânica difícil desincentiva qualquer um. Até os mecânicos ! É preciso desmontar mais de meia scooter para lá chegar.
A proximidade da ida à Serra da Estrela, e a preparação do Lés a Lés - para o qual já me inscrevi - convenceram-me a fazer manutenção em áreas onde ainda não tinha tocado na bizarra locomotiva. Acredito que convirá dar atenção a alguns sinais se quiser continuar a beneficiar dos seus leais serviços na estrada.
Estamos a investigar a razão pela qual a ventoinha não está a disparar. Aparentemente trata-se de uma válvula junto ao radiador que não está a cumprir a sua missão. Um teste em água declarou-lhe a morte.
Depois, a falange do carburador que acredito que tenha sido responsável por um ralenti irregular, quer a frio, quer a quente, e o já famoso cheiro a jet fuel. Esta maleita já tem mais de um ano, não queria adiar mais a sua resolução. Após inspecção verificou-se que a borracha está ressequida e não custa acreditar que se verifique passagem de ar indesejada. Aliás, este é um dos pontos críticos das CN, assinalado por muitos utilizadores frequentes nos foruns internacionais dedicados ao modelo.
Nenhum destes problemas foi até agora impeditivo de continuar a gozar a Helix, sempre que quero. Esta fiabilidade, até agora de cem por cento, é uma das razões pelas quais a Helix me agrada tanto. Tem sido incrivelmente resistente. Espero que esta atenção adicional que agora lhe dedico não seja mal interpretada. Tenho pavor de máquinas que se afeiçoam a mecânicos. Há quem diga que é por culpa desse bloqueio emocional que nunca terei uma Lambretta...
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