Primeiros mil quilómetros e um pouco mais de um mês de X8. Um mês dedicado ao carinho e atenção.
Logo ao segundo dia a válvula do pneu traseiro desapareceu em plena autoestrada perto de Leiria, o que causou algum frisson e só por sorte não teve outras consequências. Provavelmente por alguma deterioração das jantes e alguma teoria peregrina do anterior proprietário, a X8 montava câmeras de ar nos pneus tubeless, o que já foi corrigido. Atrás, também com um pneu novo inventado a um sábado à tarde - obrigado, Marrazes ! -, e à frente já em Lisboa, com o Francisco na Motocenter, retirando a câmera e recuperando e equilibrando a jante. Pastilhas novas à frente e atrás da EBC, novo óleo de travões e a scooter ficou apta a circular com segurança.
Essencial era também uma correia do variador Dayco e novos roletes Piaggio, para além de óleo e filtro, com a preciosa ajuda do Mike. Não sei como a correia que lá estava não partiu tal era o desgaste.
Começa gradualmente a comportar-se como uma 200 com alguma dignidade.
Estou agora a reparar em alguns pormenores de desenho da X8. A ergonomia é incrível. A distância de todos os comandos, o guiador, os espelhos, as cotas e ângulos do banco e skis são perfeitos para mim, quer em estrada, quer na cidade.
E o design da scooter é realmente intrigante. A Piaggio quis que esta fosse uma das suas primeiras scooters executivas e foi procurar inspiração ao design automóvel. As linhas suaves, os cromados (plásticos), a óptica larga e o farolim de cobra, e um detalhe que só está presente na primeira série, que é a tampa do porta bagagens em preto. Quando comecei a olhar para o modelo via muito poucas com este pormenor e estranhei. Fui investigar e descobri numa nota de imprensa da época, que a ideia era aproximar a X8 ao conceito de uma sport wagon !
E realmente, não me lembro de nenhuma scooter na época com um porta bagagens com porta com comunicação directa ao espaço debaixo do assento. E ainda com espaço para uma roda doze atrás.
Mesmo sem chave na ignição, se o porta bagagens estiver aberto acende-se uma luz vermelha de porta bagagens no painel. Exactamente como num... automóvel.
Estes italianos.
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