quarta-feira, 29 de julho de 2015

Lés a Lés 2015 (III)






Tendo participado nas últimas oito edições, sinto sempre que o Portugal de Lés a Lés é um evento que tem mais de cinco dias. Desfruta-se das mais variadas formas, a mais intensa e evidente das quais na estrada, durante os dias do evento. Mas não só aí. Em certo sentido, o Lés não é um acontecimento, é quase um processo que se desenvolve ao longo do ano. No pré-evento, com a contagem decrescente para a partida, a escolha e preparação das máquinas, a troca de emails em cadeia entre os membros das equipas próximas. E no pós-evento, com a partilha de fotografias que cada um vai registando, os vídeos, as histórias. Algumas perdem-se na tradição oral e nos lugares menos iluminados da memória. Outras passam ao virtual dos ecrãs, ou às páginas de papel da velha imprensa.


É também por isso que, quase como um asceta, gosto de ir libertando postais numa cadência mais lenta, como se estivesse a saborear a revelação de "rolos de doze" da hoje moribunda Kodak, em vez de descarregar um moderno saco de ficheiros numa vertigem.


A partir desta semana, vão também poder aceder em qualquer tradicional quiosque ou papelaria ao número de Agosto de 2015 da revista Topos & Clássicos, onde podem ler dois artigos sobre a experiência deste ano no Lés a Lés. Um deste vosso escriba, acompanhado de fotografias, e outro do Paulo Simões Coelho, que escreve sobre as expectativas, ansiedades, dilemas e recompensas de um recomeço para a sua Heinkel de 1965. A não perder.  































1 comentário:

Rui Tavares disse...

Aluguei um cofre na CGD para guardar o arame até ao leilão