terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Intermitências



Tradicionalmente a scooter é um meio de transporte urbano, utilitário, quotidiano, prático. 

Tendo eu duas scooters, não lhes dou a utilização tradicional. Fruto das minhas circunstâncias, têm sido apenas escape. Aliás, um escape intermitente. Olhando para dois mil e onze, fiz dois fins de semana de mil quilómetros cada, mais dois mil quilómetros em cinco dias no Lés a Lés. E uma gélida ida à Serra da Estrela no início de Março.

Portanto, um uso agressivo em curtos períodos de tempo. Para lá desse horizonte intensivo, esperam-me longas temporadas de interregno. Para as intervalar, e saciar um pouco do apetite de passeios maiores, exploro furos na agenda de fim de semana. Duas horas podem ser o bastante para retemperar a energia, abrandar e relaxar a solo. Simplesmente rolar e apreciar coisas simples.

Encostar numa aldeia deserta de gente nova, plena de texturas e ferrugens do tempo. Sentir o sol de inverno numa árvore nua. Sentar-me num abrigo de paragem de autocarro. Subir a Montejunto, para ver cair a neblina e a noite. Com a Bianca, a Serra e a máquina fotográfica. À espera das estrelas...












  
    

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