
Dois mil e vinte tem sido um ano de trevas. A frente sanitária trouxe-nos perguntas a que não sabíamos responder. Acima de tudo é um ano marcado pela perda. De vida, de afecto, de economia, de emprego, de oportunidade. O conceito de previsibilidade, tal como o conhecemos, se não desapareceu sofreu pelo menos uma mutação substancial. Os efeitos da pandemia, nas suas várias e complexas vertentes, vão perdurar por anos. Talvez décadas.
Este é um blog sobre scooters. E 2020 prometia ser um ano em grande. O Vespa World Days em Portugal organizado em Guimarães era o evento bandeira, mas vários outros projectos estavam na calha.
Quase nada se realizou.
No meio de tão atípicas circunstâncias, consegui mesmo assim salvar o ano com dois passeios: um a solo, na X8, até à Serra da Estrela, em dois dias que me souberam como se nunca tivesse viajado, e que me levaram indirectamente a comprar a Integra. E outro, com o grupo de amigos 4onTour, em quatro dias por Espanha e Portugal, na fase menos aguda da pandemia.
Em boa hora o fizemos, a provar que oportunidades destas não devem ser desperdiçadas. É por isso que apesar de todas as condicionantes, me sinto grato por ter tido estas oportunidades, e por ter sabido aproveitá-las. Manter a chama do entusiasmo pelas scooters, mesmo estando boa parte do tempo confinados, é condição essencial para podermos redobrar o gozo nos dias que, se tudo correr como esperamos, não deixarão de vir.
Até lá, resta ir aproveitando os dias de semi-confinamento para apreciar a Lambretta por Lisboa, aqui na companhia da DL do Paulo. Enquanto não se lembram de as proibir de circular. Dentro em breve terei mais novidades sobre isso.
Tem sido um ano danado. Salvou-nos o passeio, de facto.
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