domingo, 22 de maio de 2011

Bianca entre a Ferrugem



A Bianca está quase a soprar a sua primeira vela. Um número inconfessavelmente baixo de quilómetros tem ajudado a manter-lhe a juventude e a beleza das formas que lhe foram moldadas em Pontedera. Todo um contraste com a ferrugem, desgaste e as cores quentes esbatidas dos equipamentos ferroviários desta estação da linha do Oeste.   

 














 





sábado, 14 de maio de 2011

Respiro



Não encontro nenhuma explicação óbvia, mas recentemente tenho revisitado este filme amiúde nas gavetas da minha memória.  Rodado numa aldeia piscatória na ilha de Lampedusa, é uma peça plena de significados simbólicos. Sobre o mar que oprime e liberta, sobre a loucura, na sua fronteira invisível com a lucidez. Sobre  Grazia, uma mulher ansiosa, mas livre e autêntica, um corpo estranho submerso num tecido social conservador, que precisa de respirar. O filme é de uma beleza e lirismo raros.

Não me lembro se, no momento em que escolhi o endereço deste blog, este filme me assaltou o espírito. Conscientemente, talvez não. Mas mais fundo, olhando para esta imagem com que me cruzei agora, é-me difícil acreditar que, naquele momento, não fui influenciado pela linguagem de Respiro.   

Imagem: Respiro, de Emanuele Crialese

sábado, 7 de maio de 2011

Resistência no Oeste (II)


Mais imagens das 6 Horas do Bombarral. À medida que deambulava com a Nikon pelo circuito registando estas e outras fotografias, foi crescendo a vontade de me fazer à pista em cima de uma destas scooters protótipo, pois que nenhuma delas é igual a qualquer outra.

A partilha dos custos relativamente reduzidos entre os membros das equipas, e a acessibilidade mecânica e disponibilidade de peças são alguns dos factores que fazem desta competição uma opção a ter em conta para aliviar o stress, sem esvaziar demasiado a carteira.

As quedas são em número relativamente elevado, mas o equipamento de segurança elementar - com as botas e fato completo com deslizadores a ser comum - alia-se às velocidades relativamente reduzidas para minorar o risco.

Impressionou-me favoravelmente o facto de as scooters mais competitivas apresentarem um ruído de funcionamento muito contido, o que é contrário à ideia que tinha das preparações mais agressivas em motores a dois tempos. Excessivamente ruidosas, e muitas vezes lentas. 

Por fim, o ambiente competitivo é descomprometido e parece saudável, até com entreajuda entre equipas, o que é sempre de saudar. Uma competição a seguir. Será que a Helix se encaixa na Classe 3 ?